quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Hoje é dia de agradecer!

Hoje é o dia em que se é celebrado o sentimento da GRATIDÃO.

Nesta palavra mágica estão contidas muitas coisas.
Sentir-se grato é, antes de tudo, uma forma inteligente de viver. É harmonizar-se, reconhecer e valorizar a riqueza do que já possuímos ao invés de colocar a consciência em desejos externos. Aí abrimos portas para receber o novo.

Agradecer, sempre, é entrar em estado constante de oração. Agradecer por cada momento de vida, seja bom ou ruim, sabendo que ele faz parte de um plano maior que orienta minha vida. Este é um exercício diário que produz milagres.

"Não se esqueça quando encontrar a Beleza, beleza de qualquer tipo - as cores maravilhosas do pôr do sol, a música dos pássaros, a água reluzente, o farfalhar das árvores, a suave briza em seu rosto, o sol quente, a alegria do amor e da amizade - de dizer interiormente sua gratidão ao Pai por rodeá-lo com tanta maravilha e beleza e por abrir seus olhos para que possa vê-la e desfrutar dela.

Cada átomo de matéria, cada partícula de espaço, cada momento de tempo, e cada gota de pensamento é nascido de Deus e se move com Sua chama. Que eu possa perceber Seu calor em todo lugar."

Paramahansa Yogananda (mestre hindu)

Abaixo deixo uma dica da instituição da qual sou instrutora. E agradeço a todos os que compartilham a beleza e riqueza desta vida em qualquer lugar deste planeta.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Dia Mundial da Gentileza

Hoje, dia 13 de novembro, se comemora o Dia Mundial da Gentileza (World Kindness Movement), um movimento representado no Brasil pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) e tem como objetivo resgatar simples atitudes que fomos perdendo com a correria e estresse negativo do dia-a-dia, um movimento mais do que necessário em uma época onde as pessoas se esquecem de dizer um simples “Bom dia” ou “Obrigado”.

“A ideia do World Kindness Movement surgiu em uma conferência realizada em Tóquio, em 1996. Por meio do intercâmbio de profissionais e pessoas de diversos países, o movimento pretende encorajar as ações que visam a construção de um mundo mais amável e justo. As atitudes que tomamos no dia-a-dia têm impacto em nosso corpo, e os atos de gentileza reduzem o estresse, melhorando a saúde das pessoas. Os atos de gentileza fazem com que o corpo, a mente e o espírito se sintam bem. Portanto, quanto mais gentis e solidários formos com os outros, mais benefícios e saúde teremos. Ser gentil faz bem para o corpo e para a mente”.


Portanto, participemos deste movimento hoje e em todos os dias que se seguem, praticando atos gentis com todos os que cruzarem nosso caminho, afinal ser gentil é um ato de inteligência, já que o primeiro beneficiado é aquele que o pratica.

Para saber mais: http://www.abqv.com.br/

sábado, 7 de setembro de 2013

Sejamos Guardiões da Criação

"Não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez."
Mia Couto, biólogo e romancista moçambicano.

Mia Couto defende que precisamos redesenhar as fronteiras criadas por nós mesmos entre a humanidade e a natureza e substituí-las por pontes. Tornou-se necessário repensar o pensamento. Hoje, diante da falta de humanidade e angústia que presenciamos no mundo, com grande esperança e alegria podemos dizer que sim, é possível transformar a realidade conhecida. E nós podemos fazer a nossa parte!

Dedicando apenas 10 minutos de seu tempo, uma vez por semana, você se une a nós no projeto Guardiões da Criação e participa ativamente na construção de um mundo melhor.



Este projeto foi criado inspirado no Princípio para a Criação Consciente de Gregg Braden e em resultados de pesquisas científicas que mostraram que:
  1. Carregamos conosco uma assinatura emocional que altera tudo à nossa volta;
  2. A prática da meditação que estimula a paz e harmonização interior de um grupo de pessoas reduz índices de violência e criminalidade das comunidades;
  3. A prática das mesmas meditações e orações provocam efeitos curativos e estimulam a paz mesmo à distância.
Este trabalho acredita, portanto, que uma poderosa força transformadora surge quando pessoas de bem se unem em nome de um objetivo comum e que essa força é capaz de alterar a realidade conhecida. Essa crença, milenarmente existente nas diversas espiritualidades da humanidade, tem recebido hoje o respaldo da ciência.

Nós convidamos você a contribuir com seus pensamentos, sentimentos e energia, pois são fundamentais para equilibrar nosso planeta e iluminar o universo.


Para participar deste projeto, junte-se a nós mentalmente as 4ª-feiras, às 20h30, horário de Brasília.

Você pode criar seu próprio momento de silêncio meditativo ou ouvir nosso exercício de visualização criativa que o guiará na construção de imagens mentais favorecedoras de paz e integração de vida.

Para saber mais, visite o site:
http://www.e-hipermidia.com/guardioesdacriacao/

"Sejamos guardiões da criação, do desígnio de Deus escrito na natureza, guardiões do outro, da natureza, não deixemos que sinais de morte e destruição acompanhem o nosso caminho".
Papa Francisco

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Novo Painel no Pinterest


Criamos um painel do Sustentabilidade de Vida no Pinterest, onde serão divulgadas imagens, folders e material relacionado ao projeto.
Visite-nos e ajude a espalhar essa ideia!
http://pinterest.com/claumartinn/sustentabilidade-de-vida/




segunda-feira, 13 de maio de 2013

Entrevista com o artista Alberto Tembo

Estamos dando início a uma nova seção deste blog, um ciclo de entrevistas que serão curtas, porém muito inspiradoras. Conversaremos com pessoas interessantes que trabalham criativamente interligando áreas de conhecimento distintas ou que possuem uma visão ou trabalho significativo do ponto de vista da sustentabilidade em qualquer nível.

Iniciaremos este ciclo com um bate-papo com o artista e educador  Alberto Tembo, que também é sócio-fundador da Zebra 5, uma empresa de educadores que acredita no jogo como um valioso elemento do aprendizado estético.




1.  Beto, além da arte, você tem uma grande paixão por animais e pela natureza em geral. Muitos de seus trabalhos revelam essa admiração. Como você constrói estes vínculos? Você diria que busca uma abertura de consciência mais ecológica através da arte?

A ligação de arte e ecologia se deu para mim de uma maneira natural. Hoje, a land art e a produção dita ”ambiental” retornaram com força, mas para mim isso nunca foi uma questão de inserção no mercado da arte - mesmo porque na época em que estava na faculdade não havia o menor estímulo para que se seguisse esse rumo. Então, foi uma busca solitária, mais introspectiva no início, e que ao longo do tempo foi agregando parceiros de trabalho e inspiração, e tornando-se felizmente mais coletiva.

Por estranho que pareça, um artista que me inspirou a dar um salto rumo ao desenvolvimento de uma arte viva, ou bio-arte, foi Abraham Palatnik, que nada tem a ver, que eu saiba, com a discussão ecológica. Quando entrei em contato com sua obra percebi que as categorias artísticas, divididas em linguagens, não significam nada, não fazem nenhum sentido. E que para produzir, devemos usar nosso conhecimento adquirido nos mais diversos campos- no caso dele, na engenharia. Foi quando comecei a produzir obras com aquários, por exemplo.

Acredito na arte como uma potente possibilidade de expansão de consciência, de rumar para uma zona de expansão que outrossim permaneceria intacta, de enriquecer nossa existência. E para além deste poder de mobilização individual, também opera mudanças concretas. Muitos artistas mobilizam questões de interesse social sem cair no discurso panfletário, sendo propositivos e estéticos ao mesmo tempo.

Para mim, interessa discutir a nossa experiência na terra, com t minúsculo, nossa vivência e a dos outros, todos os outros, que nos cercam. A ecologia sempre existiu, antes mesmo de existir como termo ou ciência. Eu busco essa ecologia.

2. No passado, você fez uma viagem à África. O que lhe impressionou mais, tanto positiva quanto negativamente em relação à vida nesta região do planeta?

Pareceu uma viagem a um passado remoto, ancestral.

A pobreza e corrupção, principalmente nas cidades,  é terrível. Mas o que mais me chocou foi perceber como nos recrudescemos com a dominação. Eu conseguia ter contato espontâneo apenas com crianças e adolescentes. Com adultos, a relação era, via de regra, calcada no dinheiro- em quanto eu, como turista, poderia render, em gorjetas ou compras. É compreensível pela História, mas não deixa de ser triste. Isso impediu uma troca mais rica, imaterialmente falando.

Em relação aos animais, duas experiências me marcaram.

Uma ocorreu durante conversa com um Masai, em que ele foi imitando sons dos bichos da savana. Quando perguntei qual era o som do rinoceronte, ele demorou. Parecia raramente ouvi-lo. Depois de um tempo, soltou um ruído, e disse: “Rhino dying”. Era o som ao longe, dos rinocerontes vitimas de caçadores com armas de fogo. Parecia um animal remoto mesmo para um africano. Muito triste.

A outra foi uma experiência maravilhosamente estranha ao ver uma girafa galopar na savana. Alguma coisa no meu cérebro ocorreu, fiquei achando que havia algo errado com aquele movimento, parecia tudo em câmara lenta. Foi lindo. Fiquei desnorteado por um minuto, tentando me situar, foi esquisitíssimo.




3. O que você sugeriria como atitude ou ação que contribuísse para construirmos uma sociedade mais sustentável, que respeite os sistemas de vida como um todo do qual somos parte?


A resposta está na pergunta. Respeitar os sistemas de vida como um todo.
A compreensão errada da religião causou uma grande desconexão com a natureza. Expulsou-a de nós ao mesmo tempo em que nos expulsou do paraíso. Negou-nos sua sensualidade, sua experiência direta, em prol de um domínio conceitual extremamente desonesto. Está na hora de compreendê-la de outra forma, resgatar vertentes amorosas e não excludentes ou hierárquicas, retomar Francisco de Assis com mais honestidade e diligência. E olhar humildemente para outras tradições que concebem a relação com a natureza de modo mais irmanado. Construir uma ética que seja calcada de fato na preservação da vida, como o maior bem que existe.

4. O Zebra 5 é um projeto que busca novas formas de aprender a partir do jogo, ou seja, de processos mais lúdicos, estéticos, colaborativos e interativos. Que características importantes para o desenvolvimento de uma inteligência mais humana você acredita que os jogos podem ajudar a adquirir?

O jogo é uma ferramenta sensacional. Mas dentro deste conceito de jogo, há uma gama enorme- os virtuais, os cooperativos, os de tabuleiro, os jogos simbólicos, os de construção... depende da lógica que se queira agrupá-los. E cada qual pode propiciar o desenvolvimento de uma ou outra habilidade ou faceta do ser humano. Mas tem duas coisas que me fascinam nos jogos: em geral, são movidos pelo prazer de se jogar, de se superar o desafio; e são mundos que se distinguem da vida comum (nesse sentido se aproximam da arte). Eu me surpreendo como a educação pode viver tão distante dos jogos, ou como utiliza-os mal,  ao tentar torná-los excessivamente pedagógicos, destruindo-os enquanto jogos.

5. O que o termo “Sustentabilidade de Vida” diz para você?

Me faz pensar que, se conseguirmos compreender sem tristeza que nossa vida deixará de existir, mas a Vida como um todo continuará, faremos de tudo para não agredi-la. Querer sustentar nossa vida indefinidamente, no centro de tudo, é o maior problema. É insustentável, afinal.

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Alberto Tembo acaba de inaugurar um conjunto de intervenções efêmeras e orgânicas nas áreas verdes do Sesc São Carlos: Intervenção - CorRedorVerDe. Para Saber mais:

http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=247284

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Abaixo um vídeo de uma mostra realizada para o Sesc em 2012:  


LCAC Mostra Sesc 2012 from Stella Ramos on Vimeo.


domingo, 28 de abril de 2013

Bolívia dá exemplo com a Lei da Mãe Terra


Confesso que às vezes fico impressionada com certas notícias as quais, por serem tão inusitadamente boas, me deixam espantada e, ao mesmo tempo, entusiasmada. Foi o que aconteceu a respeito da nobre atitude da Bolívia.

 
 
Em outubro de 2012, o presidente da Bolívia, Evo Morales, promulgou a primeira Lei do mundo que dá direitos à Mãe Terra como um ser vivo. Essa Lei se baseia na concepção indígena ancestral que entende o planeta como um ser vivo que preserva a natureza através de um uso sustentável harmônico e equilibrado. Neste conceito, os seres humanos são vistos como uma de suas criaturas, as quais não têm o direito de colocar em risco seu equilíbrio e sobrevivência.

Essa Lei dá um exemplo ao mundo ao estabelecer 11 direitos à Mãe Terra, incluindo o direito à vida, o direito da continuação de ciclos e processos vitais livres de alteração humana, o direito a água e ar limpos, o direito ao equilíbrio e o direito de preservação da variedade de seres sem serem alterados geneticamente em sua estrutura.


Foto de: http://www.brasildefato.com.br/node/10913


Segundo a filosofia indígena, a Mãe Terra ou Pachamama, é considerada a mãe de todos, da qual dependemos para viver. Ela é sagrada, fértil e a fonte de vida que alimenta e cuida de todos os seres que vivem em seu ventre. Ela está em permanente equilíbrio, harmonia e comunicação com o cosmos. Ela abrange todos os ecossistemas, os seres vivos e sua auto-organização.
 
Com a Lei, o país, que perde milhares de hectares de floresta por ano, pretende reduzir a destruição, contaminação e alteração da natureza causadas pela ação do homem.

Esta é uma proposta ao mundo de promover uma imensa e necessária mudança de conceitos e da própria concepção da vida. É urgentemente necessário alterar a relação atual do homem com a natureza para começarmos a trilhar um novo e mais próspero caminho, pois nossos passos atuais estão claramente esgotando seus recursos e, se não há natureza, também não há vida nem humanidade. Parabéns à Bolívia, que sai na frente nesse caminhar.

Artigo da Lei de Direitos à Mãe Terra da Bolívia:
http://pt.scribd.com/doc/44900268/Ley-de-Derechos-de-la-Madre-Tierra-Estado-Plurinacional-de-Bolivia


terça-feira, 26 de março de 2013

A Noite Escura da Alma

Li a respeito de um tema muito belo e profundo que os antigos chamavam de a “Noite Escura da Alma”, que fala de algo que colocamos em movimento, um catalizador que nos faz avançar, algo que a vida nos traz quando mais precisamos. Enquanto ia lendo, fui me identificando com uma passagem limítrofe da minha vida, pela qual passei anos atrás.

A noite escura da alma é um intervalo no tempo em que chegamos a um ponto tão crítico e escuro da vida, emocional e espiritualmente falando, que precisamos nos agarrar em algo para sobreviver. E este algo aparece diante de nós, extraordinário e muito atraente e, quando aceito, nos dá um impulso de mudança. “Você criou para si mesmo uma situação (...), despertou uma força interior que poderá vir a ser sua mais poderosa aliada. Quando você passa por uma experiência dessas, você ganha uma confiança nova inquebrantável” (Gregg Braden).



Imediatamente lembrei de uma época em que tive depressão e tudo a minha volta – trabalho, família, vida social, etc. - parecia um quarto escuro sem janelas nem portas. Naquela época pensei que nunca mais sairia de lá. Foi quando recebi um convite para fazer um curso de mestrado na USP e, apesar de todas as dificuldades, com o grande incentivo do meu orientador, resolvi aceitar o desafio.

Quando comecei todo esse processo que desencadeou outros e me transformou profundamente como ser humano, essa nova e inquebrantável confiança surgiu e novos horizontes se delinearam. Hoje sou uma pessoa completamente nova e muito mais feliz, vejo uma vida com infinitas possibilidades diante de mim. A beleza desse processo está em reconhecer que toda essa riqueza foi possível pelos momentos difíceis que passei. E, como diz Gregg Braden, é muito reconfortante saber que só puder passar por esse momento crítico porque fui eu mesma quem o criou, como uma alavanca para saltar o muro em direção a campos mais livres.

Neste momento em que celebramos a Páscoa, essa ideia se torna ainda mais bela, afinal a morte e a ressurreição significam transcender da escuridão para a luz, morrer para uma vida e renascer em outra.

Assim como o ano tem quatro estações: outono, inverno, primavera e verão, nossa alma também tem ciclos que fazem parte do processo de evolução. Perceber as sincronicidades da vida significa perceber também os sutis processos de transformação pelos quais passamos e entender que os tempos difíceis surgem para nos levar a momentos melhores, o verão do espírito.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia mundial da água



No Ano Internacional de Cooperação pela Água e no Dia mundial da água, a mensagem deixada por Vicente Andreu, diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) em vídeo publicado pela UNESCO é a de que devemos ter muito respeito pela água porque ela é muito importante para nós.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cosméticos que não são testados em animais


Participei como uma das entrevistadas na ótima matéria da jornalista Carol Salles para o UOL: "Cosméticos que não são testados em animais: você já aderiu?".

"Em 1° de fevereiro, uma notícia histórica fez a alegria dos defensores dos direitos animais: a União Europeia anunciou o banimento definitivo dos testes em qualquer novo cosmético vendido nos países de seu território, mesmo que seja importado. A medida começará a valer a partir de 11 de março."



Vale à pena conferir:

http://mulher.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2013/02/14/cosmeticos-que-nao-sao-testados-em-animais-voce-ja-aderiu.htm


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Humanizando a Vida

“Até recentemente, o amor era um tópico para poetas, filósofos e romancistas. Mas, atualmente, o amor também é estudado por cientistas.”

Michel Odent, Médico Obstetra

A medicina e a ciência vêm demonstrando cada dia mais a importância das emoções em tudo o que acontece em nossa vida e como uma vida com mais amor é muito mais saudável, criativa e construtiva.

Passamos por uma grande era de desumanização em muitas áreas como nos negócios ou na própria medicina e a maneira como os médicos tratam os pacientes.

Mas há uma grande esperança de que os rumos estão mudando. No caso dos negócios, a internet e suas redes de colaboração estão transformando todo tipo de comunicação corporativa, onde os clientes deixam de ser consumidores e se tornam pessoas. Quem continuar seguindo o modelo antigo criado pela relação TV x espectadores passivos está fadado ao desaparecimento do mercado. Pelo menos no Brasil, é o que dizem especialistas da área.



Já no campo da medicina, uma pesquisa recente da Escola Médica de Harvard liderada por Ted Kaptchuk e publicada na Wired em janeiro deste ano, nos dá indícios de que o sentimento de serem ouvidos e bem cuidados pelos médicos melhora a saúde dos pacientes, o que eles chamaram de “care effect”, algo como “efeito do cuidado” e que teria um papel mais importante que o efeito placebo.

Mas, dentre tudo o que foi desprovido de humanidade, o que mais impressiona é o próprio surgimento da vida. Um grande movimento tem sido criado em favor da humanização do parto porque hoje, por motivos financeiros, médicos e convênios criaram um sistema de parto que desvia as mulheres de todas as maneiras possíveis do parto normal em direção ao parto por cirurgia.



Como a natureza é sábia, o parto normal traz muitas vantagens para as mães e os bebês. Por exemplo, ao passar pelo canal da vagina, o tórax do bebê é comprimido criando condições que preparam seus pulmões e o fazem respirar melhor. A cesárea é importante porque salva muitas vidas, mas não pode ser usada como regra para trazer seres humanos à vida.

Quando deixamos de ser humanos para sermos objetos movidos por dinheiro? Como pensar que podemos ser felizes quando as questões financeiras passam por cima de nossa saúde, de nossas construções familiares, de nossa qualidade de vida? Precisamos reumanizar a nós mesmos, para depois reumanizar a vida.

Segue um lindo vídeo que promove um filme que está por vir:

O Renascimento do Parto


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Arquitetando Ideias: Saúde é feita de que?

Lindo post, curto, simples e tão verdadeiro da arquiteta Elenara Stein Leitão, indico a leitura:




"Saúde é feita de que? De vida verdadeira. De momentos de simplicidade. De momentos de deixar-se ser. Isso é preventivo de muitas doenças. Saúde é ser feliz com o que se é."

ARQUITETANDO IDEIAS: Saúde é feita de que?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O que o consumo revela sobre nós

Os dados divulgados pela Rede da Pegada Global (Global Footprint Network - http://www.footprintnetwork.org) nos mostra que, em 2011, nós precisamos de 170% da Terra para atender as demandas humanas. Isso significa que durante um ano consumimos recursos em uma velocidade tal que precisaríamos de quase 2 planetas para produzir o que utilizamos.
 


E este número vêm crescendo ano a ano. A questão da sustentabilidade ambiental se torna óbvia com essa situação, já que se continuarmos neste ritmo, logo não teremos mais recursos suficientes para nos sustentar e manter a vida no planeta.

Mas a questão é mais profunda. O que esses dados alarmantes estão dizendo sobre nós?
As pessoas criaram uma consciência do descartável. Arranhou? Quebrou? Não é o último da linha? Não tem problema, compro outro. O artista Chris Jordan, citado em outro post deste blog em março de 2011, criou fotos impressionantes das montanhas de lixo que estamos criando no planeta (a foto abaixo é um exemplo com celulares que viram lixo ano-a-ano).



Mas o problema começa já bem cedo. Pesquisas recentes mostram que a grande maioria do consumo começa com os pedidos das crianças aos pais por causa da publicidade nas TVs e outras mídias.

Conversando com grupos diferentes de amigos por todos os lados, surge sempre o mesmo, que tenho certeza você também já ouviu.

É muito comum vermos em nossa própria família ou ouvir dos amigos sobre como as crianças estão cada vez mais exigentes e frequentes nos pedidos de brinquedos, acessórios e equipamentos de tecnologia. Aniversários são o auge do absurdo, onde montanhas de presentes se acumulam e as crianças abrem cada um já pensando o que será o próximo. Resultado, o valor dado ao que se recebe perde-se no mar de entulhos. Sem falar na riqueza da infância que está cada dia mais distante da realidade das crianças. No duro dia-a-dia, os pais acabam vencidos pelo cansaço e trocando qualquer coisa por um pouco de paz.

Porém, o Instituto Alana nos alerta:

“Até doze anos, as crianças não possuem a capacidade para compreender o caráter persuasivo das mensagens publicitárias que as atingem diariamente nos meios de comunicação. O resultado disso são os altos índices de violência na juventude, obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar e tantos outros problemas.”

Por que temos tanta necessidade de ter coisas? De comprar o modelo mais moderno? De ter todas as cores e texturas da estação?

Essa montanha de coisas externas dispersa a atenção e esconde aquilo que está dentro de nós: nosso vazio interno. Há tanto tempo que nos esquecemos de olhar para dentro que suprimos nossas carências com coisas que nunca nos satisfazem porque ao adquirir o último notebook, ele já estará obsoleto e já estaremos pensando em como comprar o próximo.

Se tivéssemos mais união e relacionamento humano, mais rituais e conteúdo, talvez precisássemos consumir menos. O mundo está carente de humanidade. As pessoas são mais amigas dos equipamentos que do seu vizinho.

Claro que a tecnologia é importante, os objetos são importantes. Eu, como designer, mais que ninguém os defendo. Mas não podemos nos esquecer que eles são apenas ferramentas para nos auxiliar a viver com mais dignidade, criatividade e conforto e não a essência sobre a qual devemos nos voltar virando as costas para o que nos é mais caro: os seres humanos, os sistemas de vida e o meio ambiente sem os quais, estes sim, não podemos nem viver nem ser felizes.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Beleza da Vida de Pi e de todos nós


Como muito poucos, o filme As Aventuras de Pi (em inglês A Vida de PiLife of Pi), tocou o âmago da minha alma. Após assisti-lo, fiquei até a madrugada acordada, com suas imagens estonteantes pairando em meus pensamentos e abrindo, como chaves, portas de conhecimento em minha mente. Fiquei refletindo sobre muitas coisas e concluí que este filme representa a Beleza em seu sentido mais elevado.
 
 

Não apenas pelas imagens marcantes, perfeitamente produzidas e de uma beleza visual incrível do diretor Ang Lee, mas pela beleza do conjunto da obra, das mensagens ocultas que se revelam aos poucos, da poesia e riqueza das conexões e percepções que a narrativa verbal e visual nos oferece para nos levar à compreensão do universo grandioso que o filme revela. Assim como na estória contada no início, o filme é como o universo ineditamente revelado pela boca do Deus Krishna.
Penso que a beleza verdadeira é a que nos permite ver, avaliar e compreender a nós mesmos como corpo, mente e espírito de forma holística, sistêmica, integrada. Que nos permite entender a vida em uma dimensão além da material, a partir de um conjunto de inteligências que ultrapassa a lógica e inclui a espiritualidade, a intuição, os sentimentos e emoções, além de nossa divindade.


Mais fácil, porém doloroso, é viver a vida gratuitamente, trabalhando, comendo, divertindo-se até ir dormir e recomeçar, sem qualquer propósito. Mas viver sentindo nosso eu mais profundo em contato com a energia que sustenta o universo, olhando a vida como uma rede dinâmica, cheia de sentido e propósito e que ultrapassa a visão do ser humano como mais um ser vivo lutando por sua sobrevivência física, essa é uma arte, uma magia e uma sabedoria que poucos possuem, mas que pode mudar os rumos de nossa existência.

Sair da visão do homem e ver a vida da perspectiva do Criador, então a beleza é revelada.

Fico pensando em como a categoria de Beleza foi distorcida pela nossa percepção ocidental, mas fico divinamente grata por ver que há pessoas ainda capazes de compreendê-la e transmiti-la de forma tão profunda, o que me ajuda a mudar meus próprios pontos de referência.
 

 

No Zohar, talvez o livro mais importante que forma a Kabbalah, o mestre ensina os discípulos:

“ A beleza é como o sol, lançando sua luz e calor sobre tudo, sem exceção nem diferença. A beleza emana tanto da Sabedoria quanto da Graça. É a mais alta expressão da vida e da perfeição moral. E a beleza, em sua expressão mais sublime, é o Rei Supremo”.
(Zohar, o livro do esplendor)

Começo esse caminhar por 2013 me esforçando por ver a vida a partir deste ângulo de beleza mais sublime, capaz de iluminar não apenas a minha própria alma, mas de lançar sua luz por tudo o que toca. Espero que você faça o mesmo. Que o sol se levante!
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

2013 chegou, e agora?

2012 se foi, o mundo continua mais vivo e dinâmico que nunca, 2013 está aí diante de nós, e agora?

Segundo os cientistas, a partir de 21/12/2012 o sol de nosso sistema solar entrou em alinhamento com o centro de nossa galáxia. Como vivemos na ponta de uma das espirais, até então não tínhamos acesso à energia emitida de uma estrela gigante que se encontra nesse centro. Agora temos. Essa energia pode reconfigurar todo o sistema de vida do planeta e essa mudança já começou pelos campos eletromagnéticos, o que pode alterar até mesmo a nossa forma de pensar.



Muitas religiões, místicos e espiritualistas dizem que estamos entrando em uma nova Era (Era de Ouro, Era de Aquário, Era de Luz, etc.) e que aqueles que não entrarem em sintonia com a nova consciência exigida para se viver em paz não poderão sobreviver.

Verdade ou mentira, o que sabemos é que a nossa forma atual de vida precisa mudar. Na Carta da Terra - documento criado no início do século XXI por personalidades internacionais e que nos alerta para os riscos que a humanidade moderna corre - está escrito:

“Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Isso requer uma mudança na mente e no coração. Requer, outrossim, um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global”.

Isso significa compreender em primeiro lugar que não estamos isolados, que todos dependemos uns dos outros e somos parte de um único todo e entender isso é fundamental para a nossa sobrevivência. Em segundo lugar nos propõe a mudança inevitável que deve ocorrer na mente e no coração. Nossa forma de pensar, imaginar e sentir o mundo pode transformá-lo. Hoje já é comprovado cientificamente que quando criamos coerência nos vínculos entre o coração e a mente a partir de sentimentos como a calma, o amor e a compaixão, alteramos fisicamente o mundo à nossa volta de maneira positiva.

A energia que passamos a receber do centro de nossa galáxia nos favorece e beneficia nesse sentido. É uma vantagem com a qual contamos para o sucesso deste novo caminhar.

Leonardo Boff, um dos criadores da Carta da Terra, sabiamente nos ensina em seu recente livro publicado “Sustentabilidade: O que é – O que não é”:

“Hoje precisamos de imaginação para projetar não apenas um outro mundo possível, mas um outro mundo necessário no qual todos possam caber, hospedar uns a outros e incluir toda a comunidade de vida sem a qual nós mesmos não existiríamos. Para música nova, novos ouvidos, e para agir diferente devemos sonhar diferente”.

Que este ano seja, portanto, um recomeço, uma renovação do sonhar, do pensar, do sentir e do agir, uma ampliação de nossa consciência sobre a integração e a interdependência de todo o sistema de vida e do universo para que iniciemos um caminho melhor na criação de um novo mundo, como desejamos e precisamos ter.

Feliz 2013!