Todo ano novo nós costumamos desejar a todos os que queremos
bem um ano de muitas realizações, sonhos concretizados, novas conquistas e
assim por diante.
Realizações e conquistas são excelentes, quando alinhadas
com um propósito maior. Estamos vivendo um momento muito especial da
humanidade, um momento único na história, de grandes transformações e mudanças
de paradigmas. Muitos pensadores atuais nos têm incentivado, ao invés de perguntar
“o que eu espero receber da vida?”, a formular outra pergunta: “O que a vida espera
de mim? O que devo oferecer para contribuir com este mundo onde vivo?”.
Podemos pensar que o temos é muito pouco para contribuir,
corrigir, melhorar, mas de fato não é. Muitas vezes um sorriso recebido pode transformar
o dia de uma pessoa, uma única palavra pode transformar uma vida. Pesquisas
científicas nos mostram cada vez mais que apenas com a nossa presença, pensamentos
e emoções, já estamos transformando os campos energéticos ao nosso redor, não
apenas de outras pessoas e seres, mas também do planeta Terra.
Com pouco se faz muito. Essa foi uma das grandes lições
que vivi neste ano que passou. Assim como na passagem bíblica da multiplicação
dos peixes, em que Jesus, ao abençoar o alimento e dar graças, alimenta 5 mil
homens, além de mulheres e crianças com apenas 5 pães e 2 peixes, passei a acreditar que, quando estamos alinhados
com essa fonte maior de energia que nos sustenta, podemos nós também alimentar
a vida de muitos com o pouco que temos porque nos tornamos um canal direto com essa
fonte a qual nos transmite ideias, palavras, criatividade, raciocínio ou o que
for necessário para transformar as circunstâncias e promover milagres.
Algo que sempre me inspira é pensar como certos povos criam uma
rica diversidade de coisas com tão poucos recursos. Por exemplo, como os povos
indígenas conseguem criar tanto a partir do buriti, uma planta nativa típica da
região norte do Brasil? De que parte de nós se origina tamanha criatividade e talento cognitivo?
Com paciência, as índias tecem os fios de fibra de buriti e,
a partir de uma arte milenar, criam bolsas, tapetes, toalhas de mesa,
brinquedos, bijuterias, redes, cobertura de teto, cordas etc.
Com o fruto, rico em vitaminas e nutrientes, são feitos doces,
sucos, picolé, licor, vinho, sobremesas de paladar peculiar e ração de animais.
Então devemos refletir sobre como podemos contribuir com o
que temos e de que forma podemos utilizar nossos talentos e recursos únicos
para criar, multiplicar, construir e contribuir de uma maneira positiva neste
novo ano que se inicia.
Um Feliz 2014 será construído a partir da comunhão de nossos
sonhos com o sonho maior da humanidade de cuidarmos de nossa casa comum e
criarmos nela um verdadeiro lar onde todos possamos viver com mais paz, compreensão,
gratidão, respeito e solidariedade.