Em uma das aulas iniciais do curso de mestrado que fiz na
Usp há alguns anos, uma professora nos disse: “Vocês precisam escolher um tema
pelo qual sejam completamente apaixonados porque senão não conseguirão terminar
o projeto de mestrado”. Ela tinha razão. Mesmo amando o tema, muitos quase
desistiram no meio.
Se isso é válido para trabalhar um projeto sobre o qual você se dedica de 2 a 4 anos, quão mais verdadeiro não é para o trabalho ao qual você se dedicará por toda a vida?
Gostar do que se faz é fundamental para se ter sucesso em qualquer atividade que fizer e para se contribuir de forma positiva neste planeta.
Qual a sua vocação? O que é que você gosta tanto de fazer que quando começa as horas passam como se fossem minutos e você não se cansa? O que te entusiasma e te faz acordar pela manhã com energia e vontade de viver o dia? Invista nisso.
Conversando com uma colega que trabalha como massagista, ela me contou com certa surpresa que encontrou muitos colegas em congressos que afirmaram detestar fazer massagens e por isso procuravam outra forma de atuar na área. Imagine você receber uma massagem das mãos de um profissional assim? Que energia ele depositará em seu corpo?
O inspirado professor de História do cursinho nos disse há anos atrás: “Eu construí uma carreira onde vivo muito bem e tenho dinheiro suficiente para fazer tudo o que gosto, como ir à Europa uma vez por ano conhecer locais históricos. Isso porque escolhi fazer o que eu amava, contrariando a opinião de muitos que não viam futuro na formação em História. Se eu tivesse escolhido qualquer outra área por ser financeiramente mais promissora, teria sido um fracasso. Eu não teria conseguido ser bem sucedido na área nem seria feliz”. Foi o melhor professor de História que eu tive.
A vida é feita de escolhas. Ame o que você faz e faça o que você ama. O mundo agradece.
Video com depoimento do artista Hélio Leites sobre tristeza,
alegria e fazer o que se gosta.