segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Beleza da Vida de Pi e de todos nós


Como muito poucos, o filme As Aventuras de Pi (em inglês A Vida de PiLife of Pi), tocou o âmago da minha alma. Após assisti-lo, fiquei até a madrugada acordada, com suas imagens estonteantes pairando em meus pensamentos e abrindo, como chaves, portas de conhecimento em minha mente. Fiquei refletindo sobre muitas coisas e concluí que este filme representa a Beleza em seu sentido mais elevado.
 
 

Não apenas pelas imagens marcantes, perfeitamente produzidas e de uma beleza visual incrível do diretor Ang Lee, mas pela beleza do conjunto da obra, das mensagens ocultas que se revelam aos poucos, da poesia e riqueza das conexões e percepções que a narrativa verbal e visual nos oferece para nos levar à compreensão do universo grandioso que o filme revela. Assim como na estória contada no início, o filme é como o universo ineditamente revelado pela boca do Deus Krishna.
Penso que a beleza verdadeira é a que nos permite ver, avaliar e compreender a nós mesmos como corpo, mente e espírito de forma holística, sistêmica, integrada. Que nos permite entender a vida em uma dimensão além da material, a partir de um conjunto de inteligências que ultrapassa a lógica e inclui a espiritualidade, a intuição, os sentimentos e emoções, além de nossa divindade.


Mais fácil, porém doloroso, é viver a vida gratuitamente, trabalhando, comendo, divertindo-se até ir dormir e recomeçar, sem qualquer propósito. Mas viver sentindo nosso eu mais profundo em contato com a energia que sustenta o universo, olhando a vida como uma rede dinâmica, cheia de sentido e propósito e que ultrapassa a visão do ser humano como mais um ser vivo lutando por sua sobrevivência física, essa é uma arte, uma magia e uma sabedoria que poucos possuem, mas que pode mudar os rumos de nossa existência.

Sair da visão do homem e ver a vida da perspectiva do Criador, então a beleza é revelada.

Fico pensando em como a categoria de Beleza foi distorcida pela nossa percepção ocidental, mas fico divinamente grata por ver que há pessoas ainda capazes de compreendê-la e transmiti-la de forma tão profunda, o que me ajuda a mudar meus próprios pontos de referência.
 

 

No Zohar, talvez o livro mais importante que forma a Kabbalah, o mestre ensina os discípulos:

“ A beleza é como o sol, lançando sua luz e calor sobre tudo, sem exceção nem diferença. A beleza emana tanto da Sabedoria quanto da Graça. É a mais alta expressão da vida e da perfeição moral. E a beleza, em sua expressão mais sublime, é o Rei Supremo”.
(Zohar, o livro do esplendor)

Começo esse caminhar por 2013 me esforçando por ver a vida a partir deste ângulo de beleza mais sublime, capaz de iluminar não apenas a minha própria alma, mas de lançar sua luz por tudo o que toca. Espero que você faça o mesmo. Que o sol se levante!
 

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