domingo, 1 de maio de 2011

O Sentido Criador

Outro dia estive refletindo: Se Deus ou o Criador universal que eu acredito existe, porque a maioria de nós não consegue percebê-lo totalmente? Então me dei conta de que Deus é energia, vibração, o “Verbo” ou “Om” e que para perceber energia, temos que senti-la.
Porém, nós criamos um mundo onde a matéria é o princípio e o fim de tudo. Matéria é também energia, de um ponto de vista quântico. Mas se nem mesmo a matéria é totalmente captada por nós, como poderíamos compreender algo que é muito mais sutil?
A percepção do mundo varia de acordo com cada cultura, já que as capacidades mentais humanas são desenvolvidas parcialmente em função de cada uma delas.
O antropólogo Claude Lévi-Strauss dizia que havia uma determinada tribo que conseguia ver o planeta Vênus à luz do dia, o que para ele parecia algo impossível e inacreditável. Mas, ao consultar astrônomos profissionais e velhos tratados de navegação de sua própria civilização, chegou à conclusão de que não só tal observação era concebível como antigos marinheiros também eram capazes de fazê-la.
Fonte: Nasa (Planeta Terra visto do espaço)
O que percebemos através dos olhos não está limitado apenas por nossas culturas e crenças, mas também por nossas capacidades físicas. Nós não podemos ver muitas coisas que acontecem neste planeta, como por exemplo, raios ultravioleta. Se as transmissões de ondas electromagnéticas dos celulares fossem visíveis aos nossos olhos, veríamos uma imensa rede entrelaçada por todo espaço.
Aí aparece o conceito de Maya hindu: o mundo que vemos com nossos olhos é uma ilusão. Como um sonho que sonhamos sem saber que estamos dormindo.
Mas a visão é apenas um dos nossos sentidos. Nossa audição também não consegue captar muitos sons, como o ultrassom. Por outro lado, precisamos aprender a ouvir o silêncio, já que o excesso de ruídos sonoros afeta nossa capacidade de percepção. Muitas vezes se prefere o barulho externo pelo medo de ouvir o que está dentro. Assim também ocorre com nosso tato e olfato. Isso para não falar de nosso 6º sentido, que muitas pessoas nem mesmo sabem que têm. O chamado 3º olho que percebe o sutil, que através de nossa intuição percebe o que é invisível ou imperceptível através dos outros sentidos.
Penso que se nos esforçarmos por perceber o mundo de forma mais integrada e com mais humildade respeitando aquilo que não podemos captar com nossos cinco sentidos, mas que muitas vezes podemos sentir de outras maneiras, teremos uma chance maior de compreender esse todo em que vivemos e, sintonizando nossa vibração com ele, quem sabe, encontrar aí seu próprio Criador.

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