Algo muito comum hoje é ver as pessoas ensimesmadas no meio
da correria do dia-a-dia, cada um cuidando de sobreviver a qualquer custo.
Esquecemos que vivemos em grupo, que não estamos sozinhos e que dependemos das
relações entre todas as pessoas para estarmos aqui, trabalhando, vivendo,
construindo algo em nossas vidas. Somos uma comunidade. Vivemos em comunidade.
Apesar disso, uma via fácil para se esconder e fugir deste falso sentimento de
solidão é projetar para o outro as dores e falhas internas. Já dizia o grande
mestre há 2 mil anos: “Porque vês o argueiro que está no olho de teu irmão e
não vês a trave que está no teu próprio olho?”.
Nós necessitamos transcender esse sentimento de solidão e
nossas dores internas. Quando encontrarmos o sentimento de completude e paz
dentro de nós, poderemos ver com mais clareza os laços que nos envolvem no todo
em que vivemos. Por isso é tão importante trabalhar nossa consciência interna.
Todos nós recebemos talentos, dons, capacidades. Usemo-los! Desenvolvendo os
melhores dons que recebemos nos tornaremos únicos e perfeitos reencontrando-nos
com quem realmente somos. Encontrando nossa própria essência, o todo à nossa
volta se transforma.
Gandhi nos ensina: “Tomemos a água, que em seu estado
líquido permanece na terra, não pode ascender enquanto não tiver se rarificado
em vapor. Mas, uma vez que haja se convertido em vapor, eleva-se até o céu
onde, por fim, se transforma em nuvens que depois caem sob a forma de chuva que
frutifica e abençoa a terra. Nós somos como a água, temos de nos esforçar para
rarificarmos de maneira que se destrua o ego e nos absorvamos no Infinito para
o bem eterno de todos.”
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