quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Consciência Animal


Em julho desse ano, um grupo de cientistas de renome mundial tais como cientistas cognitivos, neurofarmacologistas, neurofisiologistas e neuroanatomistas e neurocientistas computacionais, todos participantes da Francis Crick Memorial Conference on Consciousness in Human and Non-Human Animals publicou um manifesto atestando que os animais possuem um grau elevado de consciência. E isso não vale apenas para cachorros e gatos, mas também para pássaros, polvos e todos os mamíferos existentes
 
 

A Declaração de Cambrigde sobre Consciência diz que a ausência de um neocórtex, responsável pela interpretação distorcida dos cientistas por tanto tempo, não é suficiente para afirmar que os animais não humanos não possuam consciência já que eles experimentam afetos, se reconhecem diante de um espelho e atingem fases de REM durante o sono, períodos em que nossos sonhos ficam mais vívidos e fáceis de lembrar.

Essa declaração transforma e muito a forma como nós seres humanos nos relacionamos com os animais. A visão de que somos seres superiores não pode ser mais sustentada. Precisamos construir uma relação mais humana com nosso planeta e com todos os seres que dele fazem parte. É preciso ampliar nossa visão, transcender a percepção limitada que possuímos para compreender que somos partes de um mesmo todo unificado, que compartilhamos energias, trocamos campos químicos e por isso, cada um de nós contribui e afeta todos os outros.

A revista Mente & Cérebro nº 29 publicou uma matéria que diz que animais de estimação funcionam como verdadeiros organizadores psíquicos de seus donos e cita uma pesquisa que mostra que a interação entre cães e humanos deflagra - em ambos - alterações hormonais que afetam o nível de endorfinas beta e outras substâncias no organismo que diminuem o hormônio do estresse, provocam sensações de bem-estar e reduzem a depressão, podendo até aumentar os níveis de serotonina e dopamina no corpo.

Uma experiência fantástica tem sido feita pelo fisioterapeuta Igor Simões Andrade, que coloca em contato botos-vermelhos amazônicos com crianças e jovens portadores de deficiências. Além de ajudar a protegê-los da caça indiscriminada, a bototerapia ajuda a aumentar a autoestima e “ameniza os efeitos de certos tipos de distúrbios físicos e mentais”, conforme afirma o fisioterapeuta.

Um exemplo: “crianças hiperativas que, em pouco tempo de contato com os botos, conseguem até cochilar dentro do barco que a leva para a presença dos animais aquáticos”.

Fontes:
Planeta Sustentável

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