Em julho desse ano, um grupo de cientistas de renome mundial tais como cientistas
cognitivos, neurofarmacologistas, neurofisiologistas e neuroanatomistas e
neurocientistas computacionais, todos participantes da Francis Crick Memorial Conference on Consciousness in Human and
Non-Human Animals publicou um manifesto atestando que os animais possuem um
grau elevado de consciência. E isso não vale apenas para cachorros e gatos, mas
também para pássaros, polvos e todos os mamíferos existentes
A Declaração de Cambrigde sobre Consciência diz que a ausência de um
neocórtex, responsável pela interpretação distorcida dos cientistas por tanto
tempo, não é suficiente para afirmar que os animais não humanos não possuam
consciência já que eles experimentam afetos, se reconhecem diante de um espelho
e atingem fases de REM durante o sono, períodos em que nossos sonhos ficam mais
vívidos e fáceis de lembrar.
Essa declaração transforma e muito a forma como nós seres humanos nos
relacionamos com os animais. A visão de que somos seres superiores não pode ser
mais sustentada. Precisamos construir uma relação mais humana com nosso planeta
e com todos os seres que dele fazem parte. É preciso ampliar nossa visão,
transcender a percepção limitada que possuímos para compreender que somos
partes de um mesmo todo unificado, que compartilhamos energias, trocamos campos
químicos e por isso, cada um de nós contribui e afeta todos os outros.
A revista Mente & Cérebro nº 29 publicou uma matéria que diz que
animais de estimação funcionam como verdadeiros organizadores psíquicos de seus
donos e cita uma pesquisa que mostra que a interação entre cães e humanos
deflagra - em ambos - alterações hormonais que afetam o nível de endorfinas
beta e outras substâncias no organismo que diminuem o hormônio do estresse,
provocam sensações de bem-estar e reduzem a depressão, podendo até aumentar os
níveis de serotonina e dopamina no corpo.
Uma experiência fantástica tem sido feita pelo fisioterapeuta Igor
Simões Andrade, que coloca em contato botos-vermelhos amazônicos com crianças e
jovens portadores de deficiências. Além de ajudar a protegê-los da caça
indiscriminada, a bototerapia ajuda a aumentar a autoestima e “ameniza os
efeitos de certos tipos de distúrbios físicos e mentais”, conforme afirma o
fisioterapeuta.
Um exemplo: “crianças hiperativas que, em pouco tempo de contato com os
botos, conseguem até cochilar dentro do barco que a leva para a presença dos
animais aquáticos”.
Fontes:
Planeta Sustentável
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua visita e participação!
Por questões de segurança e integridade do blog, sua mensagem será lida antes de ser publicada.
Se você gostou do projeto e do blog, siga-nos e ajude a divulgar a ideia.
Até breve,
Cláudia Nascimento